Os níveis de sedação podem ir desde um nível ligeiro até ao profundo durante o mesmo procedimento. Os fármacos usados durante uma sedação têm um efeito hipnótico assim como, apesar de ligeiro, analgésico.
Numa sedação ligeira, os fármacos usados permitem ao paciente um estado de relaxamento, controlando principalmente a ansiedade. Na grande maioria das situações o nível de consciência mantém-se ou assiste-se a uma ligeira sonolência, sendo facilmente despertável. Neste caso o paciente consegue responder a estímulos externos, tanto táteis como verbais.
Na sedação moderada o nível de consciência fica mais deprimido. A resposta a estímulos verbais e táteis é quase nula, sendo o paciente despertável com estímulos dolorosos ligeiros.
Em relação à sedação profunda, a consciência fica deprimida sendo que o paciente só desperta sob estímulos dolorosos ou repetidos.
Em todos estes níveis os pacientes mantêm a ventilação espontânea, sem necessidade de nenhum auxiliar da via aérea. Na maioria das vezes apenas é colocada uma cânula nasal para administração de oxigénio suplementar.
A monitorização dos sinais vitais é crucial. Estes níveis de sedação podem oscilar entre si. De forma a manter sempre a segurança é indispensável a presença de médico Anestesiologista assim como enfermeiro com competência em Anestesiologia.
Na anestesia geral o paciente é colocado num estado de coma induzido. Nesta situação a ventilação espontânea não é possível sendo necessário o uso de auxiliar da via aérea com posterior ventilação mecânica. Aqui os doentes não respondem a qualquer estímulo. A anestesia geral é necessária para procedimentos mais invasivos e muito dolorosos, que alem disso impliquem uma imobilização completa do paciente.
Para a maioria dos procedimentos dentários, realizados em ambiente de consultório, o nível de sedação pretendido é leve a moderado em que a consciência é mantida ou rapidamente recuperada.
O efeito analgésico dos fármacos utilizados é residual, sendo extremamente importante que seja feito um complemento analgésico. Ou seja, o facto de o paciente estar sob uma sedação não exclui a necessidade de realização de anestesia local.
Tanto a sedação como a anestesia geral têm riscos associados. Estes são mais frequentes na anestesia geral que na sedação e são, de uma forma resumida, complicações respiratórias, regurgitação com posterior pneumonia de aspiração, lesões nervosas temporárias associadas a procedimentos mais demorados e reação alérgica aos fármacos administrados.
De forma a reduzir ao mínimo as complicações associadas, é elaborado um questionário de avaliação pré-anestésico, com posterior validação pelo anestesiologista. Aliada a esta avaliação, são feitas as seguintes recomendações para que o procedimento seja feito em toda segurança.
Os fármacos anestésicos, atualmente, são altamente seguros. Com o cumprimento de todas as recomendações assim como com uma adequada e constante vigilância da equipa anestésica, o risco de complicação é quase nulo. Podemos então concluir que é seguro realizar estes procedimentos dentários sob sedação, permitindo ao paciente um maior conforto.