A técnica anestésica habitualmente utilizada para estes procedimentos em Medicina Dentária é chamada de sedação ou sedo-analgesia, constituindo uma alteração de estado de consciência induzida por fármacos, com amnésia, alívio da ansiedade e minimização de desconforto físico do paciente.
Pretende-se assim que os pacientes se mantenham imóveis durante estes procedimentos, garantindo o seu conforto e segurança durante a execução dos mesmos.
Para a realização deste tipo de procedimentos, é essencial a presença de um médico anestesiologista e um enfermeiro especializado na área da sedo-analgesia. Embora seja um procedimento com grande margem de segurança, imprevistos podem acontecer por isso é inquestionável a presença de uma equipa capaz de dar resposta a situações de emergência como uma dessaturação periférica de oxigénio, uma bradicardia extrema ou outro qualquer evento crítico.
Previamente ao procedimento com necessidade de apoio de anestesia, há uma avaliação pré-anestésica que engloba o preenchimento de um questionário, com identificação de doenças, medicação que esteja a realizar e alergias conhecidas. É também realizado o esclarecimento de dúvidas do paciente acerca dos riscos e benefícios da técnica a realizar. No caso de o paciente apresentar patologia cardíaca, respiratória ou neurológica prévia ao procedimento, pode ter de ser reajustada a medicação de base do paciente e poderão também ser solicitadas análises ou alguns exames como, por exemplo, um eletrocardiograma.
No dia do procedimento e antes do início da sedação, é confirmado o jejum (deve ser respeitado um jejum de 8horas para todo o tipo de alimentos, com excepção da água e os sumos sem polpa, que podem ser ingeridos até 4 horas antes do procedimento) e é puncionada uma veia para a administração dos fármacos sedativos.
A sedação é habitualmente realizada por via endovenosa com propofol, um anestésico com um rápido início de ação e curta duração, que permite uma rápida recuperação e um nível de consciência facilmente titulavel. Dependendo do tipo de procedimento e dor associada ao mesmo, pode ser adicionada analgesia ou corticoterapia, por via endovenosa.
Após o procedimento, a recuperação é feita na mesma sala, onde o paciente fica em vigilância contínua até estar apto a ter alta.